domingo, 25 de novembro de 2012

- Cecília Meireles



"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:

Em que espelho ficou perdida a minha face?"



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